Mais uma opção de turismo religioso no Brasil que você deve conhecer, o Memorial Irmã Dulce em Salvador na Bahia.
Antes de mais nada vou contar um pouco da história de Irmã Dulce, a primeira santa do Brasil.
Turismo Religioso – Memorial Irmã Dulce
A vida de Irmã Dulce
Em primeiro lugar vou falar um pouco da vida da Irmã Dulce.
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador, Bahia, no dia 26 de maio de 1914.
Desde criança, Irmã Dulce desejava seguir a vida religiosa e rezava muito, pedindo algum sinal que mostrasse se deveria ou não seguir esse caminho.
Ainda na adolescência, começou a desenvolver a sua missão de ajudar os mendigos, carentes e enfermos.
Aos 13 anos foi recusada pelo convento de Santa Clara por ser muito jovem. Em 8 de fevereiro de 1932, formou-se professora primária e no ano seguinte entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão, Sergipe.
Em 1934, Irmã Dulce fez votos de fé, tornando-se freira e recebendo o nome de Irmã Dulce em homenagem à sua mãe.
De volta a Salvador, já como freira, sua primeira missão foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação religiosa.
Irmã Dulce e o Papa João Paulo II
Em segundo lugar, vamos falar um pouco da história dela com o Papa João Paulo II, quem se tornou um grande amigo e admirador da nossa santinha.
Em 1980, durante a primeira visita do Papa João Paulo II no Brasil, lá em Salvador, a Irmã Dulce queria muito subir ao altar para falar com o Papa, porém a segurança não permitiu.
Quando inesperadamente todo aquele povo lá presente, começou a gritar pelo nome dela.
Surpreendentemente o Papa pergunta de quem se trata?
Então, Irmã Dulce é convidada a subir no altar e recebeu do Papa um terço.
Ela também ouviu do Papa as seguintes palavras: “Continue, Irmã Dulce, continue”.
Em 2000 recebeu do Papa João Paulo II o título de “Serva de Deus”.
E quando já no final da vida, recebeu mais uma vez a visita do Papa em seu leito.
Curiosidades
Assim que entrou para vida religiosa, Irmã Dulce sempre teve um objetivo, que era ajudar os pobres, doentes e menos favorecidos.
Um certo dia chegou para madre superiora da sua congregação e perguntou se podia trazer os moradores de rua, para abrigar no galinheiro que existia na convento.
A madre prontamente aceitou, porém perguntou o que a Irmã iria fazer com as galinhas que lá existiam.
Irmã Dulce respondeu que não existiam mais, pois havia feito das galinhas uma canja para dar a quem tinha fome.
Sua morte
Irmã Dulce começou a apresentar problemas respiratórios e, apesar de ter uma saúde frágil, não interrompeu o seu trabalho.
No dia 20 de outubro de 1991, Irmã Dulce recebeu a visita do Papa João Paulo II para receber a benção e a extrema-unção.
Irmã Dulce faleceu em Salvador, no dia 13 de março de 1992. Seus restos mortais estão enterrados na Capela do Hospital Santo Antônio.
Turismo Religioso, o memorial.
Inaugurado em 1993, um ano após a morte da freira baiana, o Memorial Irmã Dulce (MID) é uma exposição permanente sobre o legado de amor e caridade do Anjo Bom do Brasil, reunindo mais de 800 peças que ajudam a preservar e manter vivos os ideais da religiosa.
O hábito usado por ela, fotografias, documentos e objetos pessoais podem ser vistos no MID, que ainda preserva, intacto, o quarto de Irmã Dulce, onde está a cadeira na qual ela dormiu por quase trinta anos em virtude de uma promessa.
Outros fatos marcantes de sua vida são lembrados através de maquetes, livros, diplomas e medalhas.
Entre as peças do acervo, está também a imagem de Santo Antônio, do século XIX, pertencente à família da religiosa, diante da qual ela costumava rezar.
Nas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), ela costumava apresentar o santo aos visitantes como o “tesoureiro da casa”.
Turismo Religioso – Beatificação
Em outubro de 2010, o Vaticano confirmou um milagre atribuído à religiosa baiana: a recuperação de uma mulher desenganada depois do parto.
A cerimônia de beatificação foi realizada na cidade de Salvador em maio de 2011.
Quando foi também comprovado um segundo milagre, ai ficou decidido que Irmã Dulce seria canonizada.
Reconhecimento do segundo milagre
O Vaticano reconheceu o segundo milagre de Irmã Dulce, em 2019.
O milagre ocorreu com um músico que pediu ajuda à Irmã Dulce e voltou a enxergar, após ter sido cego por 14 anos.
Canonização
No dia 13 de outubro de 2019, em cerimônia realizada pelo Papa Francisco, no Vaticano, Irmã Dulce, foi declarada santa.
Irmã Dulce entrou para a história como a primeira santa brasileira.
Por fim termino esse post te falando que independentemente da sua religião, fé ou crença, você deve conhecer esse lugar. Onde o amor e a caridade são as coisas mais importantes.
Eu confesso a vocês que me emocionei por lá algumas vezes. Que história linda dessa mulher.
O memorial tem entrada gratuita e está aberto todos os dias.
Segunda de 12hs ás 17:30
Terça a Sexta de 9 hs ás 17:30
Sábado e domingo de 9hs ás 17:30.
Esse passeio eu fiz com a Bahia Top Turismo, que super indico a vocês, pois os guias sabem várias curiosidades sobre a vida da Irmã Dulce.
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Passeando pela Orla de Salvador
Luisa Medeiros
Muito interessante e abençoada a vida da Santinha Irmã Dulce!!!
Van
Tenho uma grande admiração pela irmã Dulce, senti muita emoção ao ler e ver as fotos dessa postagem, uma ótima opção de turismo religioso o memorial da Irmã Dulce.
Aline Pires
Eu sou católica e me emociono muito quando se trata de Fé e da Santa Irmã Dulce. mas concordo com você que independente da religião esse memorial deve ser visitado para conhecermos mais sobre os trabalhos de amor feitos por essa irmã tão querida e especial.
vamos viajar pra onde agora
Verdade, todos devem passar por lá e aprender um pouco sobre o amor ao próximo, né?
vamos viajar pra onde agora
Eu já era fã dela depois dessa visita só aumentou minha admiração por ela.
vamos viajar pra onde agora
Linda né?
Deyse
Gosto muito de fazer o turismo religioso, não por religiosidade, mas para conhecer as histórias, culturas e tradições. Já fiz alguns roteiros religiosos, mas ainda não conheci o Memorial Irmã Dulce. Adorei conhecer através de seu post!
vamos viajar pra onde agora
Sim, vale a pena a visita independente da religião, pela história mesmo